quinta-feira, 3 de julho de 2008

A Morte do Autor-Roland Barthes


Bem vou tentar fazer um apanhado dos pontos principais do texto.

A Morte do Autor ,de Roaland Barthes,texto incluído no livro "O Rumor da Língua",inicia com um questionamento de quem é a voz que aparece em uma novela de Balzac,no entanto para ele esta voz está M O R T A , sim morta pois a escrita que comete esse assassinato ,assim que nasce.Todas as possibilidades são exterminadas, não podemos pensar em intenção de escrita ,ela é em si mesma.
O autor na verdade é uma entidade moderna ,a partir do ponto que a "pessoa humana " passou a figurar no centro do universo, os manuais estão cheios de "autores" cheios de impressões, desejos, paixões, todos estão em uma carreira para decifrar suas idéias.
Depois Barthes traça um pequeno histórico que começa em Mallarmé até o Surrealismo que dessacraliza a imagem do Autor.O autor(scriptor) agora ressuscita junto com seu texto, estão na mesma linha do tempo, o texto é escrito aqui e agora, tem um caráter performativo,inscreve não mais expressa.
O escritor passa a ser para mim ,um Mestre Cuca ,isto é mistura, inventa, mescla , experimenta até mesmo os sabores mais opostos, numa tentativa de uma nova e instantânea operação.
Gostei do momento em que ele diz que colocar um autor em um livro seria "dotá-lo de um significado último", passa régua, e sabemos que não é assim, seu sentido é como a brisa que nos toca e no mesmo instante já se transforma em vento que balança as roupas no varal ou mesmo nos arrepia.
Vou transcrever duas partes na integra, não consegui transformar meu entendimento em palavras, segue:

"um texto é feito de escritas múltiplas, saídas de várias culturas e que entram uma com as outras em diálogo, em paródia, em contestação ...o leitor é o espaço exato em que se inscrevem, sem que nenhum se perca...a unidade de um texto não esta na sua origem e sim no seu destino...o nascimento do leitor tem de pagar-se com a morte do Autor.

Aí esta um pequeno apanhado, estou tentando "ruminar" para aplicar, que dificuldade tenho.Estive pensando depois que entrei na pós graduação, qual foi de fato a minha formação, sempre foi pública, fiz Letras em uma universidade estadual conceituada, (não vou falar qual, para não dar a idéia de que tudo é culpa dela, não, tenho minhas limitações formais e pessoais)e agora que estou aqui em uma Federal (UFSC) me sinto como se estivesse no pré escolar, melhor no berçário fico muitas vezes "boiando" flutuando mesmo, um texto como esse parece que é conhecido de todos , será que eu faltei no dia que discutiram? Não, eu não faltava , apesar de trabalhar o dia todo,será que é isso? Literatura é só para os eleitos, quem trabalha sol a sol não tem "neurônio" para entender textos teóricos? É o que pensam muitos, mas estou aqui com meu único neurônio, insistindo.
Caso alguém tenha alguma contribuição para mim com respeito "A Morte do Autor" por favor,aguardo.
Um abraço, a todos que anseiam entender as LETRAS.

2 comentários:

Lívia Dias disse...

Pense positivo. Não está sozinho. Venho fazer-lhe companhia. Estudei em uma instituição particular... contabilizou o prejuízo cognitivo. e agora aqui numa Estadua?Federal. Também fui tolhida de textos teóricos... mas estou aqui cruzando este mar de informações, tentando sobreviver.
"Não nos afastemios muito...Vamos de mãos dadas"
elainedmj@hotmail.com

Elaine disse...

Pense positivo. Não está sozinho. Venho fazer-lhe companhia. Estudei em uma instituição particular... contabilizou o prejuízo cognitivo. e agora aqui numa Estadua?Federal. Também fui tolhida de textos teóricos... mas estou aqui cruzando este mar de informações, tentando sobreviver.
"Não nos afastemios muito...Vamos de mãos dadas"
elainedmj@hotmail.com